INVENCÍVEL: Angelina Jolie se rende à violência sensacionalista
- Renato Bianchi
- 19 de jan. de 2015
- 1 min de leitura
O Oscar concedido a “12 Anos de Escravidão” (produzido por Brad Pitt) parece ter influenciado Angelina Jolie a dirigir o recém-lançado “Invencível”, outra aberração pautada pela violência explícita, gratuita e sensacionalista.
A aparente “nobreza de intenções” do filme ao retratar a trajetória real de um atleta olímpico que se tornou prisioneiro de guerra esconde o propósito perverso de seduzir o espectador por meio do choque e da manipulação da indignação.
Para contar a história de um personagem que comeu o pão que o diabo amassou não é necessário mostrar toda sua agonia com riqueza de detalhes e requintes de crueldade por duas horas ininterruptas. Isso é explorar e alimentar o fascínio mórbido pela desgraça alheia que o ser humano oculta dentro de si.
“Invencível” não edifica, não inspira e não nos faz refletir. Ele apenas nos horroriza. Repito o que escrevi sobre “12 Anos de Escravidão”: isso não é cinema.

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